Jorge Leibe é a favor da meritocracia, luta contra a intolerância religiosa. Vai lutar em Brasília pelo Retorno da Convalidação em Teologia e pelo Reconhecimento da Profissão de Teólogos. Temas Sociais e Políticos - Dr. Jorge Leibe de S. Pereira, Teólogo, Bacharel em Direito, Conferencista Internacional, Escritor, Professor, Licenciado em Filosofia, Psicopedagogo, Mestre em Educação, Militar de Carreira, Capelão de Ofício e Reitor da FATUN.
sábado, 29 de novembro de 2025
quinta-feira, 27 de novembro de 2025
quarta-feira, 26 de novembro de 2025
segunda-feira, 24 de novembro de 2025
QUEM PRENDEU QUEM? Um recado a Alexandre de Moraes — sob o olhar da História.
QUEM PRENDEU QUEM?
Um recado a Alexandre de Moraes — sob o olhar da História.
Como professor, historiador e analista político, observo o cenário nacional com o distanciamento que apenas o tempo costuma oferecer. E há algo evidente: o destino de Jair Bolsonaro e o de Alexandre de Moraes já estão inscritos nas páginas que a História começará a escrever.
Alexandre de Moraes, ao longo dos últimos anos, assumiu um protagonismo que transformou o próprio cargo em um confinamento. Seu gabinete, antes símbolo de autoridade institucional, converteu-se em espécie de fortaleza. Não por falta de poder, mas por ausência de paz. Quem domina pela caneta vive sob a sombra de sua própria assinatura. O peso das decisões não se dilui — acompanha, vigia, cobra.
A vida de um ministro que se torna “símbolo” de tensão nacional nunca volta a ser comum. O espaço que o cerca se estreita. A vigilância se torna companheira permanente. A sensação de liberdade dá lugar ao cerimonial rígido da autoproteção. O poder continua lá; a tranquilidade, não.
Do outro lado, Bolsonaro ocupa um lugar distinto no imaginário político. Não depende de cargo. Onde chega, a massa o reconhece, o cerca, o projeta. Não por estrutura estatal, nem por aparato de intimidação, mas pela narrativa popular que o transformou num símbolo.
A força que o acompanha não vem de um gabinete, mas da identificação social — e esse é o tipo de poder que as instituições não controlam.
Enquanto isso, o STF, outrora percebido como esfera inabalável, sofre desgaste de credibilidade diante de parcela da população. Cada decisão controversa, cada medida interpretada como excessiva, alimenta um cenário no qual a toga parece pesada e a confiança, escassa. É o preço político que instituições pagam quando ultrapassam a fronteira do equilíbrio percebido.
Moraes pode deter a caneta, mas sabe que nenhum instrumento jurídico é capaz de alterar a percepção histórica construída fora dos tribunais. A História não se escreve por decreto; ela nasce da memória social. E a memória, quando amadurece, costuma ser implacável.
Bolsonaro, correto ou não em suas ações, já ultrapassou a condição de simples líder político. Tornou-se um fenômeno cultural e sociológico. Um símbolo — e símbolos sobreviverem a conjunturas é algo comum na História.
Para Alexandre de Moraes, resta compreender que nenhum exercício de poder é definitivo. O tempo coloca cada protagonista no seu lugar, independentemente das circunstâncias. Pode até escapar do julgamento dos homens, mas não escapará da leitura rigorosa que a História fará — nem, para os que creem, do juízo de Deus.
Eu sou Professor Jorge Leibe, e afirmo:
a História, quando enfim registrar tudo isso, contará melhor o desfecho que ainda estamos vivendo.
Afinal…
Quem prendeu quem?
A pergunta expõe a inversão simbólica do nosso tempo. De um lado, a figura política que continua livre na consciência coletiva de milhões; do outro, o magistrado que, mesmo no topo do poder, parece cada vez mais cercado pelas próprias decisões. A frase provoca, cutuca e convida o público a refletir sobre a verdadeira natureza do poder: quem o exerce… e quem, de fato, está aprisionado por ele.
Deus te abençoe.
Prof. Jorge Leibe
É Teólogo, Licenciado em Filosofia, Formado em Direito, Mestre em Educação, Membro da Academia dos Imortais do Saber, Cientista Político e Capelão.

